
Divulgada como a série que iria revolucionar o universo do Homem Morcego, Gotham Underground trouxe alguns elementos interessanteS, e outros nem tanto, para um personagem que já esteve sob as mãos de gênios como Frank Miller, Alan Moore e muitos outros. Claro que não se pode comparar esta nova mini série aos clássicos dos mestres citados, mas o Batman já teve muita história contada, e ao que aprece ainda tem mais pra contar!
Basicamente, a primeira edição ainda deixa muito no ar, e não é tão clara no que vai mudar no universo do personagem, mas já tivemos amostras bem legais de que Frank Tieri sabe pelo menos um pouco sobre onde está se metendo. Somos apresentados ao protagonista disfarçado de Fósforos Malone, infiltrado no bar do Pingüim. Mas antes de dar mais detalhes sobre isso, devemos saber de alguns fatores que ajudam e muito o entendimento da série. Judd Winick e Greg Rucka uniram seus trabahos meses atrás nos EUA com a saga Checkout, que reuniu os Renegados com o Xeque-Mate. Durante esta saga, pode-se perceber que alguns vilões do UDC começaram a desaparecer, um a um, sem uma explicação aparente. Alguns personagens do UDC começaram a perceber isso, tais como o já citado Xeque-Mate e o Batman. Separando em tópicos, o que é necessário saber para ler Gotham Underground é que:
- O Esquadrão Suicida está "recrutando" novos vilões do UDC para a equipe. Quem se nega a entrar para a equipe vai fora do radar do grupo - história que está sendo contada na série Salvation Run
- O Sr. Incrível e Sasha Bodeaux estão liderando um ataque contra Amanda Waller em Xeque-Mate
- Batman está de volta ao comando dos Renegados (na revista Batman and the Outsiders, que acaba de ter sua primeira edição lançada nos EUA) e sua primeira missão é derrubar o Esquadrão Suicida
- No universo do Homem-Morcego, é importante saber que o Máscara Negra está morto (a responsável foi a Mulher-Gato em Catowman #52) e o comando pelas organizações criminosas de Gotham ainda não é um cargo ocupado, e o mais indicado para substituí-lo é o Pingüim e, junto dele, todos os vilões da cidade estão se reunindo para criar um sistema de crime organizado que funcione para todos. Mais do que isso, o clube do Pingüim é responsável por acobertar os vilões que não querem se unir ao Esquadrão Suicida.
- O Comissário Gordon aqui é um arrogante policial, e não o grande amigo do Cruzado de Capa que conhecemos há anos. Certamente, isso se deve ao sucesso de All-Star Batman & Robin, a nova visão de Frank Miller sobre o universo do Batman.
Como fica claro com esses tópicos, Gotham Underground não deixa de ser mais uma revista relacionada à série Countdown to Final Crisis, mas DiDio escolheu não colocar isso na capa da revista, já que a série principal vem sendo alvo de críticas editoriais desde que começou. Mas deixando isso de lado, Gotham Underground é uma boa aventura, com cenas de ação muito boas representadas por Asa Noturna em um num clube de apostas em Gotham. Mais que isso, somos apresentados a um novo jogador no jogo do crime: Tobias Whale, vilão do Raio Negro na era pré-Crise nas Infinitas Terras (anos 70), que acaba de ser reinventado para o novo Universo DC. Tobias é o principal concorrente do Pingüim no domínio do crime organizado de Gotham.
Mais ao final da história, enquanto o Pingüim e outros vilões (Duas-Caras, Chapeleiro Louco, Espantalho e Charada) estão discutindo em um setor privado do clube, o Esquadrão Suicida invade o local e Bane, recém chegado na equipe, descobre Fósforos Malone ouvindo a conversa dos vilões, e o acerta na cabeça. Continua na próxima edição.
Gotham Underground ainda é algo nebuloso para os leitores. Como pudemos ver no pôster promocional (que nada mais é que todas as capas da série reunidas numa única imagem), alguns personagens falecidos provavelmente estarão voltando a vida. Além disso, a ligação da série com outras tão importantes dentro do atual Universo DC é descarada e nao deve ser ignorada, bem como a presença de Tobias Whale, que aparentemente trará muita dor de cabeça ao nosso herói. Fora isso, este novo universo do Morcego ainda tem muito a apresentar, e tomara que Tieri saiba conduzir com maestria esta nova investida da DC em seu personagem mais adorado.
Antes de terminar, a arte de J. Calafiore merece comentários à parte. Desenhos e cores belíssimas foram usados para esta revista, o que a torna, pelo menos visualmente falando, um prazer de ser folheada. Tomara que continue assim.
Nota 7
25 de novembro de 2007
Lá nos EUA 3 - Gotham Underground
Postado por
fmorcelli
às
11:21
Marcadores: Lá nos EUA, News
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