Após um longo período de férias devido aos feriados de finais de ano, estamos de volta com a coluna (que agora volta ser semanal) Lá nos EUA.
A revista escolhida para este review foi Green Arrow/Black Canary 4, lançada há dois dias nos EUA, a qual tive oportunidade de pôr as mãos e ler com muito prazer. Judd Winick é controverso, não está entre os melhores escritores de quadrinhos atuais, mas também não está entre os piores. É um escritor regular, que consegue alcançar a emoção dos leitores em alguns casos. Essa edição, sem dúvida, trouxe muitas dessas emoções à tona, porém com uma idéia reciclada.
Para quem não acompanhava a nova revista de Oliver Queen, aqui vai um pequeno e objetivo resumo do que vem ocorrendo nos últimos meses:
Ollie e Dinah casaram-se, mas não totalmente. Dinah e "Ollie" brigaram na noite de núpcias, quando a já citada esposa foi obrigada a matar o marido que tentou acabar com sua vida. Confuso? Pois bem, o Olliver Queen em questão não passava de um transmrfo, enquanto o verdadeiro estava em Themyscera, capturado pelas amazonas (ligação com a fracassada saga Amazon Attacks). Mia, Connor e Dinah partem em busca dele e após duras batalhas com as amazonas, eles conseguem tomar Ollie de volta e sair da Ilha Paraíso.
Ao final da terceira edição da revista, na saída da Ilha, Connor é alvejado no peito, de uma bala que veio do céu. Após esse pequeno resumo fica fácil entender o que ocorre nesta edição. Após ter sido baleado, Connor precisava de cuidados urgentes e Oliver apelou para a única saída que tinha naquele momento: gritar por Clark Kent. Ao ouvir, Kent socorreu Connor e o levou para o hospital mais próximo, voltando depois para levar os Oliver e os outros para lá.Todos os heróis disponíveis partem para o hospital para primeiro darem seu apoio à Oliver e então saírem em busca de quem deu o tiro. Hal Jordan chega ao local e inicia-se a operação em Connor, com sua ajuda e a de seu anel, para que seja feito o possível pelo garoto. A partir deste momento Winick faz uso de suas qualidades com histórias emotivas e atinge o clímax emocional deste arco mostrando diálogos sinceros que por vezes parecem reais e não apenas balões em quadrinhos. No momento em que Oliver diz a Dinah que jamais teve a chance de contar a Connor que sabia de sua existência desde que nasceu, procurou por ele por muito tempo e desistiu de fazê-lo após ter conhecido Roy, Mia faz uma revelação bombástica: Connor já sabia de tudo. Connor já tinha visto a foto em que Oliver o segurava nos braços quando bebê.
Horas se passam, até que Hal deixa a sala de cirurgia. Connor está bem, coração batendo, respiração ok... mas a bala que o atingiu possuía uma toxina que se espalhou rapidamente pela corrente sangüínea do garoto. Ele teve morte cerebral. Oliver invade loucamente a sala de cirurgia e segura a mão de seu único filho.
Sem dúvida, é uma história muito bonita, que faz um retrospecto rápido e interessante do reinício da cronologia do Arqueiro, catapultada por Kevin Smith. E é aí que mora o problema desta edição. Para quem acompanha a revista do herói desde seu primeiro número escrito por Smith, sabe que Connor já sofreu antes e Oliver também ja ficou ao seu lado no hospital. Winick, mesmo com todas as suas qualidades, nada mais fez do que reciclar uma história famosa por um escritor adorado pelos fãs e crítica, e que infelizmente ele não consegue ter o mesmo impacto.
De qualquer forma, Winick consegue fazer um bom trabalho com o Arqueiro Verde. Apesar de alguns deslizes, o escritor conseguiu e ainda consegue manter o herói entre os mais legais, divertidos e descompromissados de se acompanhar no Universo DC. Só não pode querer reciclar idéias já utlizadas há pouco tempo. Se a criatividade acabou, talvez seja hora de repensar seu trabalho com o personagem ou ceder o banquinho para um novo roteirista.
Nota 6,5
11 de janeiro de 2008
Lá nos EUA 6 - Green Arrow/Black Canary 4
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13 de dezembro de 2007
Lá nos EUA 5 - Countdown Arena
Depois de quase 1 semana de atraso, lá vamos nós para mais um review do que anda saindo na terra do Tio Sam.
A série semanal Countdown Arena é mais um dos filhotes da criticada máxi série Countdown to Final Crisis, e tem como objetivo mostrar os heróis das diferentes Terras do Universo DC em uma arena de guerra. Os vencedores finais formarão um exército, que será comandado pelo Monarca numa batalha pelo Multiverso contra os Monitores.
Atulamente, o Universo DC é, mais uma vez, formado por vários Universos com várias Terras, como ficou definido ao final da série 52. Tomando este ponto de vista como partida, a premissa de Countdown Arena nao é de todo ruim, muito pelo contrário. Apesar de parece uma perfeita desculpa para o desenvolvimento de um roteiro cheio de ação para fanboys, a série tinha tudo para decolar, desde que tivesse uma boa execução. Mas não é o que acontece. A primeira edição desta série é um fracasso, de roteiro e arte.
Keith Champagne já emplacou boas histórias à frnete da Sociedade da Justiça nos últimos tempos, mas não consegue fazer esta história decolar. Ela inicia-se com a captura de heróis de diferentes Terras até que todos os escolhidos pelo Monarca sejam reunidos em sua base. Entre eles temos o Superman de Entre a Foice e o Martelo, o Batman de Chuva Rubra e Apollo, do Authority. Neste ponto do roteiro, percebe-se que Champagne não se preparou para escrever a série, pois os diálogos utilizados são fraquíssimos e cheios de clichês, além dos personagens não terem a menor profundidade de suas personalidades tocadas. Tudo é feito de forma muito superficial, inclusive as próprias batalhas na arena.
A primeira das duas batalhas apresentadas nesta edição mostra a Sombra de 3 Terras diferentes lutando entre si. As lutas apresentadas são bem fracas, e não se sabe se são pior os diálogos rápidos e bobos ou se eles simplesmente não existissem. Além das personagens não terem nenhum carisma, a chance de fazer com que o leitor se identifique com elas é totalmente desperdiçada pelo escritor. O mesmo acontece na segunda batalha, com os Batmen. Pior que isso, Champagne pegou três releituras famosas e epicas do Homem-Morcego e os transformou em ridículo. Estão nesta luta o Batman de Chuva Rubra, o de Gotham 1889 e o Batman de Entre a Foice e o Martelo. O vencedor é o Batman de Chuva Rubra.
Countdown Arena consegue ser mais fraca que a série principal. Isso comprova que as últimas decisões editoriais da DC têm sido um grande erro, e isso deve ser resolvido com urgência.
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1 de dezembro de 2007
Lá nos EUA 4 - Simon Dark # 2
Um revival do Frankenstein. Sim, é isso que Simon Dark é, com uma mistura de traços de vigilante super heróico e justiceiro sem limites. Confuso? Vamos explicar melhor.
A segundo edição de Simon Dark foi novamente uma ótima leitura. A trajetória deste misterioso personagem se cruza mais uma vez com o Departamento de Polícia de Gotham, quando o herói salva uma garota de um assalto e acaba sendo pego pela polícia. Simon leva um tiro e é "morto". Ao ser levado para o Instituto Médico Legal, a enfermeira Beth Granger novamente dá uma de detetive e resolve descobrir quem é o misterioso Simon Dark. Ao retirar sua máscara, já na presença do detetive da polícia de Gotham, descobre que o famigerado herói é simplesmente em garoto, que tem no seu corpo retalhos de corpos de outras pessoas. Em poucos minutos, Simon sai vivo da cama de estudo e numa cena de ação maravilhosamente pintada por Scott Hampton, ele consegue escapar para seu lar.
É interessante notar neste ponto que o escritor Steve Niles reafirma sua posição de não nos dar muitos detalhes sobre Simon, o que está tornano este primeiro arco uma leitura muito agradável de se acompanhar. O fator mistério funciona como aliado da narrativa de Niles, que está claramente melhor que a primeira edição. Além de mostrar mais alguns detalhes sobre o protagonista, somos apresentados a quem parece ser o verdadeiro antagonista: o detetive da polícia de Gotham, que faz parte da misteriosa Seita mostrada na edição anterior, e que está literalmente de olho em Simon.
Simon Dark #2 é um ótimo terror/suspense, e Steve Niles mostra porque mereceu ter uma HQ adaptada para os cinemas. A Gotham City que ele apresenta é completamente diferente da vista nas revista do Batman, o que é ótimo, já que o escritor renovou o sangue da cidade e consegue mostrá-la de uma forma ainda mais obscura e aterradora. A arte de Hamptom também é uma aliada desta narrativa, e consegue, com traços às vezes bizarros e uma pintura impecavelmente macabra, se mostrar quase como cenas de um filme. Parabéns aos artistas por essa criação e pela DC por ter ousado na criação de um novo personagem em um universo tão antigo e cheio de simbolismos como o Universo DC.
Nota 10
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28 de novembro de 2007
Lá nos EUA Espeial - Countdown Presents: The Search for Ray Palmer - Wildstorm
Countdown, infelizmente, tem se mostrada uma série fraca, que atinge poucos dos objetivos propostos desde o início de seu lançamento semanal nas bancas. Porém nao se pode dizer o mesmo das revistas derivadas dela, que possuem roteiros concisos e bem estruturados. The Search for Ray Palmer não é exceção. O escritor Ron Marz fez um trabalho excepcional reunindo o recém formado grupo "Challengers of the Beyond" (que ainda não possui nome em português) com alguns dos personagens mais famosos do universo Wildstorm.
O grupo é formado por Kyle Rayner, Donna Troy, Jason Todd e o monitor Bob, e está em busca de Ray Palmer, desaparecido desde a prisão de sua esposa no Asilo Arkham em Crise de Identidade. Eles têm meios de pular de univereso em universo e buscar pelo herói desaparecido através de rastreamento de energias que são deixados em cada universo pelos quais ele passa. O foco desta edição é o segundo universo mais importante da editora: Wildstorm.
Já no início desta edição fica claro que Kyle Rayner, novamente um Lanterna Verde, e Jason Todd estão em conflito por quererem a atenção de Donna - uma típica "briga hormonal". O foco do grupo volta para a busca de Eléktron e cada um vai para um lado deste universo atrás do desaparecido. É interessante notar que, a partir daqui, Ron Marz dá uma bela volta através do universo Wildstorm sem muita profundidade, mas com muita diversão. Kyle logo encontra a Balsa, veículo de transporte e moradia do Authority e é salvo pelo Monarca, o Capitão Átomo. Vale destacar uma nota importante aqui. Ao final da saga Inimigos Públicos de Superman e Batman (escrita por Jeph Loeb) o Capitão Átomo salva a Terra e vai parar em outro universo: no universo Wildstorm. Após Crise Infinita, na série Íon, que é protagonizada por Kyle, foi revelado que o Capitão poderia se locomover de um universo a outro. Tendo se tornado o Monarca, o personagem deseja montar uma equipe poderosa com heróis de vários universos para dar de frente com os Monitores do Multiverso.
Voltando ao plot principal, o Monarca oferece mais uma vez a Kyle a chance de fazer parte do grupo, mas Kyle nega e aí que a diversão começa. Primeiro Kyle se depara com o Wetworks e os ajuda a pegar alguns vilões. E então temos um show de amostragens rapidas mas eficientes dos personagens favoritos deste universo. Logo após, os "Challengers" se reúnem para verem o que descobriram e se deparam com um moribundo fantasiado que logo tem sua cabeça cortada pelo Meia-Noite. O tal moribundo era o assassino do Papa e, pela lei do Authority, deveria ser morto.
Do grupo, que está em choque, Kyle é o primeiro a atacar o assassino, mas logo descobre que o assassino não está sozinho e o grupo mais adorado da Wildstorm entra em cena: o Authority. Com a frase "Tire as mãos do meu marido!", Apollo e os heróis mais arrogantes de todos os tempos iniciam cenas de ação de encher os olhos contra o grupo da Nova Terra, mas logo a luta é interrompida por Mr. Majestic, o "Superman da Wildstorm", que já esteve na Nova Terra. Ele é o único personagem da Wildstorm que tem total conhecimento do Multiverso e já esteve por algum tempo na Nova Terra, o que faz dele alguém com grande potencial de estrelar na Crise Final.
Mr. Majestic apazigua a situação explicando que ambos os grupos são heróis de seus respectivos mundos e não devem entrar em conflito. Além disso, ele também afirma que Palmer esteve naquele universo, mas não está mais presente nele. E enão, a busca continua, e o Authority se retira em grande estilo, com uma provocação do Meia-Noite.
Basicamente, a edição se resume a boas doses de ação com um roteiro simples, fácil e coeso. Countdown Presentes: The Search for Ray Palmer teve grande início, e pode ser acompanhada sem nenhuma outra revista. Parabéns à DC e a Ron Marz por este excelente lançamento. Destaque também para a arte, que ficou a cargo dos talentosos Angel Unzueta, Oliver Nome, Richard Friend, Saleem Crawford, Trevor Scott, Allen Passalaqua. Eles contribuíram muito para o "clima WIldstorm" da revista, com uma arte bem sacada e cores fortes.
OBS: Bem que eu queria ver um quebra pau entre o Meia-Noite e o Batman. Coisa de fanboy.
Nota 8.
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fmorcelli
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25 de novembro de 2007
Lá nos EUA 3 - Gotham Underground
Divulgada como a série que iria revolucionar o universo do Homem Morcego, Gotham Underground trouxe alguns elementos interessanteS, e outros nem tanto, para um personagem que já esteve sob as mãos de gênios como Frank Miller, Alan Moore e muitos outros. Claro que não se pode comparar esta nova mini série aos clássicos dos mestres citados, mas o Batman já teve muita história contada, e ao que aprece ainda tem mais pra contar!
Basicamente, a primeira edição ainda deixa muito no ar, e não é tão clara no que vai mudar no universo do personagem, mas já tivemos amostras bem legais de que Frank Tieri sabe pelo menos um pouco sobre onde está se metendo. Somos apresentados ao protagonista disfarçado de Fósforos Malone, infiltrado no bar do Pingüim. Mas antes de dar mais detalhes sobre isso, devemos saber de alguns fatores que ajudam e muito o entendimento da série. Judd Winick e Greg Rucka uniram seus trabahos meses atrás nos EUA com a saga Checkout, que reuniu os Renegados com o Xeque-Mate. Durante esta saga, pode-se perceber que alguns vilões do UDC começaram a desaparecer, um a um, sem uma explicação aparente. Alguns personagens do UDC começaram a perceber isso, tais como o já citado Xeque-Mate e o Batman. Separando em tópicos, o que é necessário saber para ler Gotham Underground é que:
- O Esquadrão Suicida está "recrutando" novos vilões do UDC para a equipe. Quem se nega a entrar para a equipe vai fora do radar do grupo - história que está sendo contada na série Salvation Run- O Sr. Incrível e Sasha Bodeaux estão liderando um ataque contra Amanda Waller em Xeque-Mate
- Batman está de volta ao comando dos Renegados (na revista Batman and the Outsiders, que acaba de ter sua primeira edição lançada nos EUA) e sua primeira missão é derrubar o Esquadrão Suicida
- No universo do Homem-Morcego, é importante saber que o Máscara Negra está morto (a responsável foi a Mulher-Gato em Catowman #52) e o comando pelas organizações criminosas de Gotham ainda não é um cargo ocupado, e o mais indicado para substituí-lo é o Pingüim e, junto dele, todos os vilões da cidade estão se reunindo para criar um sistema de crime organizado que funcione para todos. Mais do que isso, o clube do Pingüim é responsável por acobertar os vilões que não querem se unir ao Esquadrão Suicida.
- O Comissário Gordon aqui é um arrogante policial, e não o grande amigo do Cruzado de Capa que conhecemos há anos. Certamente, isso se deve ao sucesso de All-Star Batman & Robin, a nova visão de Frank Miller sobre o universo do Batman.
Como fica claro com esses tópicos, Gotham Underground não deixa de ser mais uma revista relacionada à série Countdown to Final Crisis, mas DiDio escolheu não colocar isso na capa da revista, já que a série principal vem sendo alvo de críticas editoriais desde que começou. Mas deixando isso de lado, Gotham Underground é uma boa aventura, com cenas de ação muito boas representadas por Asa Noturna em um num clube de apostas em Gotham. Mais que isso, somos apresentados a um novo jogador no jogo do crime: Tobias Whale, vilão do Raio Negro na era pré-Crise nas Infinitas Terras (anos 70), que acaba de ser reinventado para o novo Universo DC. Tobias é o principal concorrente do Pingüim no domínio do crime organizado de Gotham.
Mais ao final da história, enquanto o Pingüim e outros vilões (Duas-Caras, Chapeleiro Louco, Espantalho e Charada) estão discutindo em um setor privado do clube, o Esquadrão Suicida invade o local e Bane, recém chegado na equipe, descobre Fósforos Malone ouvindo a conversa dos vilões, e o acerta na cabeça. Continua na próxima edição.
Gotham Underground ainda é algo nebuloso para os leitores. Como pudemos ver no pôster promocional (que nada mais é que todas as capas da série reunidas numa única imagem), alguns personagens falecidos provavelmente estarão voltando a vida. Além disso, a ligação da série com outras tão importantes dentro do atual Universo DC é descarada e nao deve ser ignorada, bem como a presença de Tobias Whale, que aparentemente trará muita dor de cabeça ao nosso herói. Fora isso, este novo universo do Morcego ainda tem muito a apresentar, e tomara que Tieri saiba conduzir com maestria esta nova investida da DC em seu personagem mais adorado.
Antes de terminar, a arte de J. Calafiore merece comentários à parte. Desenhos e cores belíssimas foram usados para esta revista, o que a torna, pelo menos visualmente falando, um prazer de ser folheada. Tomara que continue assim.
Nota 7
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16 de novembro de 2007
Lá nos EUA 2 - Simon Dark #1
Aí, DCNerds!
A revista escolhida para a coluna de hoje, foi a já citada qui no blog Simon Dark.
Steve Niles é um nome famoso agora. Tendo sua obra 30 Dias de uma Noite sendo adaptada para os cinemas, o autor, que sabe muito bem como desenvolver um suspense, foi escalado para criar um novo personagem para o Universo DC. Estamos falando de Simon Dark, o novo bem-feitor de Gotham City.
O anti-herói (mais adiante ficará claro o porquê do anti) não poderia se trajar melhor. Ele usa uma máscara que lembra Jason Vorhees e um suéter com listras vermelhas e pretas no melhor estilo Freddy Krueger, trajes esses que caem perfeitamente bem no ambiente que foi criado par seu desenvolvimento: uma vizinhança macabra e sombria, no melhor estilo terror que Gotham tem a oferecer.
Não se pode falar de Simon Dark sem falar de seu criador. Steve Niles, já na primeira edição, mostrou total controle sobre a obra, com um ambiente muito bem caracterizado, coadjuvantes interessantes e um protagonista misterioso, mas cheio de atitude. Já nas primeiras páginas, Niles nos motra do que ele é capaz. Uma seita macabra estava se desenrolando numa igreja demolida e todos os seus membros trajavam roupas e máscaras pretas. Com eles, havia uma vítima ainda viva, que serviria de sacrifício ao ídolo dessa seita, quando surge Simon Dark, que com um cordão de metal consegue estrangular e decapitar um dos membros encapuzados, além de espantar os restantes, que acabaram fugindo. A vítima, agora salva, pergunta o que pode fazer para agradecer. Simon pede comida, e o rapaz lhe dá todo o dinheiro que tem. Com essa simplicidade e cenas chocantes de ação e terror muito bem desenhadas por Scott Hampton, temos um personagem que promete muito, principalmente por ter seu próprio universo.
Simon Dark não está envolvido com mega sagas, nem outras revistas, muito menos está ligado ao Batman. Ele possui seus próprios coadjuvantes, compostos da enfermeira metida a detetive Beth Granger, do detetive da polícia responsável por aquele bairro, do dono de um mercadinho, de um pai e uma filha recém chegados em Gotham e de alguns milionários misteriosos. A enfermeira se interessou pelo nome Simon Dark, que ouviu numa música cantada por crianças, e fica embasbacada ao encontrar um corpo decapitado com o osso à mostra, mas sem parecer serrado; o policial investiga o caso; o dono do mercadinho vende coisas para Simon, mas sem nunca tê-lo visto; dos recém chegados, Simon pega um livro de Allan Poe, mas deixa 1 dólar como pagamento; os milionários misteriosos são os responsáveis pela seita.
Quase ao final da revista, somos finalmente apresentados ao protagonista. Ele não sabe quem é, de onde veio, ou por que está sozinho. Mas sabe que é Simon, e sua tarefa é a ter pacífica a vizinhança onde vive. E só isso basta para nos convencer de que Simon Dark é uma boa história de suspense e terror.
Para finalizar, a revista promete. Por ter apresetado um universo próprio (pelo menos por equanto) e um protagonista misterioso, mas objetivo, Niles começou muito bem seu novo projeto no Universo DC.
Nota: 8
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fmorcelli
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11 de novembro de 2007
Lá nos EUA 1 - Authority Prime #1
Authority Prime tem como objetivo colocar o grupo formado pelos super heróis mais arrogantes da história contra seus antigos colegas do Stormwatch. E a revista traz, resumidamente, isto. Levando em consideração o bom trabalho que Christos Gage fez em Stormwatch PHD, os fãs esperavam bastante do escritor com os 2 grupos reunidos, mas não foi bem isso que aconteceu.
Enquanto o Authority combate um Entidade Externa em Providence, o filho de Henry Bendix, William, tenta invadir a torre da memória de seu velho pai na base escondida do Arizona e isso envolve as duas equipes. O Authority estava espionando seus antigos colegas de trabalhos para descobrir quais segredos Bendix havia escondido no meio do deserto. E, com exceção de um momento muito divertido no qual Jenny Quantum pergunta ao Meia Noite o que tipo de coisa seria capaz de lhe dar pesadelos, essa é a única coisa interessante que a edição traz.
O grande problema aqui é que a revista começa de uma forma bem interessante, com ação sem limites, uma marca registrada deste super grupo. Enfrentando uma entidade monstruosa em Providence, Rhode Island. No entanto, a impressão que se tem a partir daí é de que os personagens não foram tratados de forma profunda como normalmente são, e pior: alguns parecem simplesmente não ter nenhuma personalidade. E os problemas não acabam por aqui. A revista acaba culminando numa luta boba e sem nexo entre o Stormwatch e os segredos de bendix no deserto: robôs gigantes - e não estamos falando do tipo dos Transformers - que parecem ter saído de uma história do Aladdin. A única coisa realmente legal no final da revista é a última página, que mostra o Authority chegando e prometendo uma luta alucinante com o Stormwatch.
Authority é, sem dúvida, um grupo magnífico de heróis, que revolucionou o gênero quando foi lançada. Porém, ultimamente não tem tido muita sorte. Tomara que a história melhore nas próximas edições.
Nota 6
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fmorcelli
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